Anorexia Nervosa

O que é anorexia nervosa?
É um transtorno comum nos dias de hoje no qual há uma busca descontrolada pela magreza. Nesta busca, pessoas já extremamente magras utilizam diversos artifícios para reduzir o peso. O medo de engordar é anormal, mesmo já possuindo um peso assustadoramente baixo. É mais comum em mulheres jovens e acomete geralmente pessoas entre 12 a 20 anos de idade. Traz sérios riscos à saúde e pode facilmente levar à morte.
As causas são bastante diversas e podem variar de caso para caso. Talvez a pressão cultural seja a maior delas. O desenvolvimento é progressivo, a dieta vai se tornando mais restrita e alimentos com altos teores calóricos vão sendo cortados do dia a dia. Com o passar do tempo, além da dieta super restrita, as pessoas começam a utilizar outros artifícios para auxiliar na perda de peso como prolongados jejuns absolutos, indução ao vômito e prática excessiva de exercícios físicos.
Os doentes portadores de anorexia nervosa não tendem a admitir o transtorno. Acabam se isolando de parentes e amigos para evitarem comer e para poderem utilizar dos artifícios para oemagrecimento sem preconceitos. Estas pessoas ficam extremamente magras, debilitadas e tristes. É preciso estar atento aos seus conhecidos. Caso algum deles esteja com qualquer sinal de anorexia, converse honestamente com a pessoa e a convença a ir a um médico.
Agente causador
O que causa a anorexia nervosa é a falta de alimento. Seja pela não ingestão destes ou devido ao hábito que os doentes adquirem de vomitar. Alguns são os fatores que podem levar um indivíduo a desenvolver a doença. Talvez a cultura à magreza que existe em nossa sociedade seja o principal deles. Pessoas magras são sinônimos de beleza e de elegância. Na busca por este status, muitos tomam atitudes desesperadas e começar a adotar um comportamento anoréxico.
A genética também é um fator que pode influenciar bastante. Assim como a pressão familiar ou de um grupo de amigos. Alterações neuroquímicas cerebrais também influem para o desenvolvimento de tal.
Como se descobre a doença (diagnóstico)
Os sinais da anorexia nervosa podem ser muito evidentes. Pessoas que estejam por demais mergulhadas nesta situação perdem a noção do que é ser magro e do que é ser gordo. Portanto, a aparência destas se torna bastante característica. É difícil que o indivíduo admita os hábitos executados. Muitas vezes estes já passam até mesmo despercebidos por ele. Brincar com a comida ao invés de comer, pular refeições, praticar muito exercício e induzir o corpo a vomitar, por exemplo, passa a ser algo perfeitamente normal.
É preciso ficar atento aos seus familiares e amigos que estejam emagrecendo por demais e rapidamente. Eles podem estar precisando de ajuda. Quando esta pessoa é levada ao médico alguns padrões serão observados. Por exemplo, a altura e o peso serão medidos e avaliados de acordo com os índices considerados normais para a idade. O médico, geralmente um psiquiatra, irá conversar com o paciente e verificar se há um medo de engordar. É preciso também se descobrir se houve interrupção da menstruação por mais de três meses.
Estes são alguns fatores que levam o médico a diagnosticar a pessoa com anorexia nervosa. É um pouco complexo, porém, normalmente uma análise clínica do paciente já levanta indícios. É importante realizar nestes casos um exame físico completo para poder se avaliar devidamente quais danos tal condição já possa ter causado no organismo.
Sintomas
A busca pela magreza gera sinais bastante característicos. A perda de peso é notável e extrema. A pessoa com medo de engordar começa a induzir o vômito, a tomar laxantes e a realizar jejuns prolongados. Alguns dos sintomas mais comuns são:
Isolamento;
Sono excessivo;
Prática exagerada de exercícios físicos;
Irritabilidade;
Tristeza;
Interesse por alimentos e pelas suas calorias;
Preocupação com o peso;
Ansiedade;
Interrupção da menstruação;
Comportamento compulsivo;
Regressão de características do sexo feminino ou do masculino;
Pele seca.
Diante destes sintomas e de um emagrecimento muito rápido, é preciso recorrer à ajuda médica imediatamente. Uma anorexia nervosa não tratada produz graves problemas de saúde. Pode ocasionar uma anemia, hipotensão, osteoporose, intolerância ao frio, desidratação, baixas no sistema imunológico e até mesmo infertilidade. É preciso dar atenção a este problema e levar a pessoa com os sinais rapidamente a um profissional.
Prevenção
Atualmente há um culto à magreza que pode acabar interferindo no bom discernimento de muitas pessoas. Não se pode deixar levar por padrões excessivamente magros como os de modelos e nem se deixar influenciar por amigos e colegas que idolatrem tal estado. Pressões familiares também podem acabar induzindo uma pessoa a tomar estas medidas desesperadas. Tome cuidado com o que você diz.
Algumas profissões deixam as pessoas ainda mais predispostas a um quadro de anorexia nervosa. Bailarinas, atletas olímpicos e jóqueis, por exemplo, precisam tomar cuidado e saber os limites de seus corpos. A anorexia pode deixar a pessoa tão debilitada que fica impedida até mesmo de levantar da cama.
Tome atenção às atitudes de seus filhos, irmãos e amigos. Cada vez é mais baixa a faixa etária de pessoas com anorexia nervosa. Fique de olho no hábito alimentar de uma pessoa próxima que esteja excessivamente magra. Roupas largas ajudam a esconder o corpo magro, tome atenção a isto. Assim que se suspeitar de um caso de anorexia, deve-se dirigir imediatamente a um médico, para que se possa observar os danos já causados ao organismo.
Tratamento
Basicamente consiste na reintrodução de alimentos. Esta deve ser gradativa, caso contrário pode ocorrer uma sobrecarga no coração. A internação hospitalar é uma boa alternativa, desta forma a pessoa recebe os devidos cuidados médicos e seu organismo fica bem monitorado.
Não existe uma medicação exclusiva para esta doença. Como costuma ser ocasionada por fatores psicológicos alguns antidepressivos podem ser prescritos, para ajudar a combater a ansiedade e compulsões. É preciso ajudar o paciente e fazê-lo entender o que está errado. A introdução gradativa dos medicamentos e um bom acompanhamento nutricional e psiquiátrico tende a dar resultados satisfatórios.