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ZIKA PODE ESTAR ASSOCIADA À OUTRA CONDIÇÃO FETAL GRAVE


Um artigo recém-publicado na revista “PLOS Neglected Tropical Diseases” relata o caso de uma gestante de 20 anos cujo feto, nascido morto, teve o vírus da zika identificado em amostras do córtex cerebral e em outros tecidos do corpo.

O bebê tinha microcefalia e hidropsia fetal, uma condição grave que ocorre quando há acúmulo de fluido em duas ou mais partes do corpo do bebê, podendo causar inchaço do fígado, problemas respiratórios, falência cardíaca, inchaço geral, anemia, entre outros problemas.

No caso do feto descrito no estudo, havia líquido no pulmão, tórax, abdômen e sob a pele. Este é o primeiro registro que indica que o vírus da zika pode estar relacionado a problemas fora do sistema nervoso central.

Exames de ultrassom feitos no segundo e terceiro trimestres da gravidez da gestante em questão demonstraram microcefalia severa, hidranencefalia (quando há substituição do cérebro por líquido), calcificações no crânio e lesões destrutivas no cérebro.

O bebê tinha características que sugeriam infecção por zika, mas a gestante negou ter tido sintomas. Depois de o feto ir a óbito na 32ª semana de gestação, os especialistas encontraram o vírus nos tecidos fetais. O sequenciamento genético do material permitiu concluir que trata-se de um vírus com características similares às do vírus que circula no país.

Como se trata de apenas um caso, com um quadro atípico, os pesquisadores ressaltam que é preciso ter cautela ao interpretar o achado, mas frisam a importância da investigação cuidadosa dos casos de morte fetal relacionadas a outras condições além da microcefalia para verificar o papel do vírus da zika nessas situações.

#ZIKA #FETO #GRAVIDEZ

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